ABSTRACT Salmonella species have been isolated from various kinds of food and are accountable for outbreaks of foodborne diseases in humans. This study aimed at identifying the similarities between the DNA profiles of Salmonella isolated from chicken feces, chicken products, and human feces in southern Brazil. Six hundred samples were collected (200 from chicken products, 200 from broiler chicken feces, and 200 from human feces) and tested for the presence of Salmonella. Isolates proven to be Salmonella compatible by biochemical and serological tests were tested by the Polymerase Chain Reaction. Their DNA profiles were then analyzed by PFGE and rep-PCR. Salmonella was isolated from 16 out of 600 analyzed samples, with Schwarzengrund serotype presenting the highest incidence, followed by Mbandaka in chicken meat and fecal samples, and Panama in human fecal samples. Some strains isolated from chicken fecal and product samples were indistinguishable by the molecular methods used in the study, suggesting that that the contamination of the broilers on the farm can be transmitted the processed products.

Este estudo avaliou a capacidade de Salmonella enterica subsp. enterica isolada de produtos cárneos formar biofilme e testou sua resistência a diferentes sanitizantes. Vinte cepas foram avaliadas quanto à capacidade de formar biofilme em placas de microtitulação. As cepas formadoras de biofilme foram testadas em superfícies de polietileno de alta densidade, aço inoxidável e vidro e tiveram a sensibilidade ao hipoclorito de sódio e ao iodo avaliada. Duas cepas de Salmonella Enteritidis isoladas de produtos de frango apresentaram capacidade de formar biofilme nas superfícies testadas. Essas cepas alcançaram maiores populações nas superfícies do que aquelas não formadoras de biofilme, e foram mais difíceis de remover ou reduzir. Devido à ação sanitizante ser menos eficiente sobre bactérias formadoras de biofilme, esses micro-organismos podem persistir no biofilme formado sobre as superfícies de equipamentos e utensílios e ocasionalmente contaminar os alimentos antes da sua expedição, aumentando dessa forma o risco de ocorrência de doenças transmitidas por alimentos.

Foram coletadas 100 amostras de conteúdo fecal de aves de corte, 100 de produtos de frango (coxa, sobrecoxa, asa, dorso, carne moída e fígado) e 100 de fezes de humanos, e analisadas para pesquisa de Campylobacter. Realizou-se a determinação da espécie e da presença dos genes cdt, responsáveis pela codificação da toxina citoletal distensiva (CDT), através da técnica da PCR. A bactéria foi isolada de 61% das amostras de fezes de frango, 20% de produtos de frango e 3% de fezes de humanos. A maioria dos isolados foi determinada como C. jejuni . Destes, 93,5% apresentaram os genes para a toxina CDT. Apesar de a ocorrência de Campylobacter em fezes de humanos ter sido baixa, a prevalência em frangos de corte e produtos de frango foi elevada, fato que, aliado à presença dos genes cdt na maioria dos isolados, representa risco potencial para os consumidores. Esses resultados são indicativos da necessidade de medidas preventivas no sistema de produção e de boas práticas de fabricação na indústria, de forma a minimizar a contaminação dos produtos e diminuir o risco para os consumidores.

A hundred chicken fecal samples, a hundred samples of retail poultry products and a hundred samples of human feces were collected and tested for the presence of Campylobacter. The species identification and the analysis for the presence of cdt genes, responsible for encoding the cytolethal distending toxin, were performed by PCR. Campylobacter was found in 61% of the chicken fecal samples, in 20% of the poultry products and in 3% of the human feces. Most isolates were identified as C. jejuni. In 93.5% of these isolates, the cdt genes have been detected. Despite the occurrence of Campylobacter in feces of humans has been low, the prevalence in broilers and poultry products was high, which, combined with the presence of cdt genes in most isolates, represents a potential risk to consumers. These results suggest there is a need for preventive measures in the production system and good manufacturing practices in the industry so as to minimize contamination of products and reduce the risk to consumers.